Menopausa: uma nova fase que merece cuidado e equilíbrio
A menopausa marca o fim natural do ciclo reprodutivo da mulher, geralmente entre os 45 e 55 anos, e é diagnosticada após 12 meses consecutivos sem menstruação. Ela ocorre devido à diminuição progressiva da produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários.
Embora seja uma fase natural da vida, nem sempre é tranquila. A queda hormonal pode trazer sintomas físicos e emocionais que impactam o bem-estar e a qualidade de vida.
Sintomas mais comuns:
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Ondas de calor (fogachos)
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Suores noturnos
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Alterações do sono
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Oscilações de humor, irritabilidade e ansiedade
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Queda da libido
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Secura vaginal e dor nas relações sexuais
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Ganho de peso e mudanças na distribuição de gordura corporal
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Queda de cabelo e ressecamento da pele
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Redução da densidade óssea (osteopenia/osteoporose)
Mais do que sintomas: a menopausa exige atenção à saúde global
Além dos sintomas, a menopausa está associada a maior risco de doenças cardiovasculares, perda óssea e alterações metabólicas. Por isso, essa fase merece uma avaliação cuidadosa e um plano de cuidado individualizado.
Como tratar?
O tratamento depende de cada mulher — seus sintomas, seu histórico de saúde, suas expectativas.
As opções incluem:
🔹 Terapia hormonal (TH)
Indicada para mulheres com sintomas moderados a intensos, quando não há contraindicações. A TH pode melhorar fogachos, sono, libido, saúde vaginal, densidade óssea e qualidade de vida como um todo.
🔹 Terapias não hormonais
Para quem não pode ou não deseja usar hormônios, há alternativas como fitoterápicos, antidepressivos em baixas doses e mudanças no estilo de vida.
🔹 Estilo de vida saudável
Alimentação balanceada, atividade física regular, sono de qualidade e manejo do estresse são fundamentais para atravessar essa fase com mais equilíbrio.
Menopausa não é o fim de nada — é o começo de uma nova etapa. Com orientação médica, cuidado contínuo e escolhas saudáveis, é possível viver essa fase com bem-estar, vitalidade e autoestima.
Osteoporose: fortalecer os ossos é cuidar do futuro
A osteoporose é uma doença silenciosa, caracterizada pela redução da densidade e da qualidade dos ossos, tornando-os mais frágeis e propensos a fraturas. Ela pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em mulheres após a menopausa, devido à queda dos níveis de estrogênio, hormônio que protege a massa óssea.
Por que se preocupar?
A osteoporose não costuma causar sintomas até que uma fratura ocorra — muitas vezes em locais como quadril, coluna ou punho. Essas fraturas podem comprometer a mobilidade, a independência e até a qualidade de vida do paciente.
Fatores de risco:
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Menopausa precoce ou ausência de reposição hormonal
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Histórico familiar de osteoporose
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Baixo peso corporal
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Sedentarismo
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Alimentação pobre em cálcio e vitamina D
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Tabagismo e consumo excessivo de álcool
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Uso prolongado de corticoides ou outras medicações que afetam o metabolismo ósseo
Como diagnosticar?
A principal ferramenta para avaliação é a densitometria óssea, exame simples e indolor que mede a densidade dos ossos e identifica riscos de fratura antes que elas ocorram.
Tratamento e prevenção
O tratamento da osteoporose é individualizado e pode incluir:
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Adequação de cálcio e vitamina D
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Mudanças no estilo de vida, com alimentação equilibrada e atividade física regular
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Tratamento medicamentoso, que pode variar entre medicamentos que evitam a perda óssea e aqueles que estimulam a formação de massa óssea nova
O cuidado com a saúde óssea deve começar cedo, mas nunca é tarde para agir. Com acompanhamento médico e estratégias personalizadas, é possível prevenir fraturas, manter a qualidade de vida e envelhecer com mais segurança e autonomia.
Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM)
Com o avanço da idade, é natural que os níveis de testosterona — o principal hormônio masculino — diminuam gradualmente. Em alguns homens, essa queda pode ser mais acentuada e causar sintomas que impactam a qualidade de vida.
Entre os sinais mais comuns estão:
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Cansaço frequente
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Redução da força e da massa muscular
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Diminuição da libido e disfunção erétil
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Queda da motivação e alterações de humor
Nesses casos, é fundamental uma avaliação médica cuidadosa, que inclui exames laboratoriais e análise dos sintomas. Quando indicado, a reposição hormonal masculina pode ajudar a restaurar o equilíbrio, melhorar a disposição, a saúde sexual e o bem-estar geral.
Distúrbios da Menstruação
Alterações no ciclo menstrual, como atrasos frequentes, ausência de menstruação (amenorreia) ou sangramentos muito frequentes e intensos, podem indicar desequilíbrios hormonais e merecem investigação.
Esses distúrbios podem estar relacionados a condições como síndrome dos ovários policísticos (SOP), problemas na tireoide, alterações da prolactina, menopausa precoce, entre outros.
Com avaliação médica adequada, é possível identificar a causa e indicar o tratamento mais adequado para regular o ciclo, aliviar os sintomas e preservar a saúde reprodutiva.
Doenças da Glândula Supra-Renal
As glândulas supra-renais, localizadas acima dos rins, produzem hormônios essenciais para o equilíbrio do organismo, como o cortisol, a adrenalina e os hormônios sexuais.
Alterações hormonais nessas glândulas podem causar sinais e sintomas importantes, como:
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Aumento de peso, especialmente no tronco
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Estrias largas e avermelhadas
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Crescimento excessivo de pelos
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Pressão arterial elevada ou muito baixa
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Puberdade precoce
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Escurecimento da pele em áreas do corpo
Esses sinais podem indicar distúrbios como síndrome de Cushing, doença de Addison, feocromocitoma, entre outros. O diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado são essenciais para um tratamento eficaz.
Doenças da Hipófise
A hipófise é uma pequena glândula localizada na base do cérebro, responsável por controlar diversas outras glândulas do corpo por meio da produção de hormônios.
Alterações na hipófise, como tumores, podem provocar uma série de sintomas, entre eles:
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Secreção de leite pelas mamas fora do período de amamentação
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Dores de cabeça frequentes
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Alterações na visão (visão embaçada ou perda do campo visual)
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Mudanças faciais progressivas
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Aumento do número do calçado ou das mãos
Esses sinais podem indicar distúrbios como prolactinomas, acromegalia, doença de Cushing, entre outros. A avaliação endocrinológica é essencial para o diagnóstico e acompanhamento adequados.